Why to Choose RedHood?

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eu acho que ver os teus pêlos loiros me deixaram um tanto que confuso, aquele leve inclinar de cabeça para o lado não me faz bem até agora, por mais que na hora isso tenha me trazido ótimos sorrisos não foram tão duradouros como a bagunça que se fez, silenciosamente, dentro de mim.

Não pense que estou de forma alguma colocando a culpa disso tudo em você, na verdade não há culpados para isso, acho que o despropósito às vezes se impõe na vida de alguns e eu fui o sorteado da vez.

Foram vinte minutos de uma torcida que se desfez no vento, se desfez no momento em que eu pus meu pé naquela calçada em frente aquele estabelecimento consagrado pelos séculos, por pessoas que sequer conhecem o real valor daquele monumento inteiro.

Mas como isso me faz suspirar! Pensar nas tuas formas mais expostas; a pele clara, cabelos fartos convivendo com os ralos, o nariz esculpido à mão, na verdade você foi. Esse romance estava em estrutura diferente, mas eu certamente estava te comendo com olhos de comer fotografia e a minha visão foi que ficou azul, que metalouca é essa em que vivo?

Estranho te amar por menos de uma hora e ficar com essa confusão de que tenho que amar tanta gente agora pra esquecer o amor mais breve que eu tive, amor estruturado em projeções de um futurinho que eu guardei no cantinho de mim para nós. Planinhos que to achando que vão ficar pra outras oportunidades e para tantas outras.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje é daqueles dias em que você segue o caminho das gotas de chuva, sem ninguém por perto, sem nenhum telefonema inconveniente, melhor, sem nenhum telefonema, sem ninguém preenchendo as lacunas do peito de impusos raivosos e desesperados.
Talvez hoje seja daqueles dias em que você sai na rua de calçamento úmido, o carro ali estacionado no canto, seguindo alguém que está em algum lugar daquela cidade quieta, fria, muda, clara, adjetivadamente infinita.
Na verdade hoje é daqueles dias em que você sente apenas um vento que não define clima. A mediocridade impera em qualquer lugar, em qualquer olhar, em qualquer pensamento, dia de sorrir dolorosamente.

O dia é misto, denso, sem forma, sem reação, sem nação, de um coração estrangeiro às ações de todos, peito de um fugitivo ofegante, fugindo do seu mais íntimo tento.
Quem é esse fugitivo por trás desse lenço de azul cor de céu, de arma levantada contra o próprio peito, de sorriso escancarado para o nada, de olhar umidecido?

Quem é aquele homem ali sentado num banco descascado em frente a um hospital? Vendo a vida ir e vir, acabar no meio do caminho.

"Não me pergunte! Eu estava vendo pássaros das mais diversas cores voarem pela subterrâneo, estava vendo peixes nadarem no ar azul límpido, estava vendo a cegueira que me atordoava."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vestiu sua jaqueta preta de couro brilhante e sua calça jeans clara surrada, bagunçou o cabelo de fios perfeitos pretos e brilhantes como sua alma, inflou o peito de orgulho vibrilou o ventre de expectativas.
Essa noite seria crucial para si e para quem atravessasse seu caminho, decidira não ficar mais na inveja de quem estava vivendo. Preferia se fazer em mil cacos do que viver em vaso de porcelana persa que era.
Pediu a mais forte dose que havia naquele lugar iluminado por luzes psicodélicas, moveu o corpo numa batida que ele mesmo ditava, sentia queimar os olhares sobre si. Aquele amor ruim se anunciava em curvas fortes, olhos desenhados a lápis, cor parda, cabelo no lugar, sorriso de meia boca, a mão quenta lhe puxou, foi...
A ritmia cardíaca era a do chão tremido e sujo de poeira de uma imensidão que ali parecia estar em sua individualidade que pouco fazia sentido. E de fato, o que faz sentido?
Até o beijo sem definição - um misto de macio, de molhado, de áspero, de quente com extremidades frias, de olhos bem fechados que tudo viam, de uma imensidão que se fazia una, na infinitude de dois corpos. Ambos fadados a estarem em uma história trágica, mas de riso inebriado pelo prazer.

Objetos finos os perpassam e o enchem de todo o ser.

Era insano como aquilo era doentio, mas era o que tinha procurado por entre vidas. Era destrutivo, mas era ele. Era amor na sua forma mais feia e mais intensa, mais sanguinária. Era a realidade dizendo: Seja Bem-Vindo!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Aos amigos.

Sabem?! Eu sou muito agradecido por tudo que tenho em minha vida, tudo que me foi dado ou conquistado. Desde as minhas mais estranhas abstrações até os meus inenarráveis amigos, estes faço uma ressalva em especial:

- Perdoem-me por ser tão disperso, por ser tão do mundo - amo-los da maior e melhor forma que se pode amar pessoas. Então, por favor, não desistam de mim, mesmo quando digo que os deixo ir.

É engraçado saber que eu me manifesto, verdadeiramente, nos momentos mais solitários. Ainda bem! Caso contrário vocês me achariam um louco, eu me vejo aqui sob uma música rouca, sem sexo e sem nexo.
Enfim, eu procuro ainda coisas em palavras que sejam bonitas para escrever, mas acredito que já me fiz entender, espero que me respeitem e me queiram feliz, apenas isso que vos peço, o resto deixem comigo, eu faço e desejo bem mais para nós.

Solamente * Só!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Certa vez, uma menina construira um mundo feito de paredes rosas, telhado perfeito com cores de marrom denso. Cozinha rechonchuda e pequena, de aconchego materno. Sala plana de ar branco brando. Seu quarto. Ah! Seu quarto tinha uma infinidade de presentes, desenhos, objetos das mais diversas sortes, uma cama de cabeceira clara e desenhos em nuvens.

- E ela?! Hum! Ela era uma menina que fiava a vida de uma forma irregular, mas ela era sempre a regularidade que estava na iminência de uma inundação de lágrimas tempestuosas e de um sorriso em arco - iris que insinuava a felicidade de ver que a vida era sua, e a menina sem saber que era senhora do seu próprio mundo & lar desenhava caminhos tortuosos por onde passavam caudalosos riachos de azul mesclado e flores de pétalas soltas, as quais jamais morriam.

Não sabia que a sua casa estava em si, assim como tudo que era seu e que era para si. Onde quer que fosse, as paredes, os sentimentos, as pessoas, os animais, as emoções, os objetos, o fio da vida e a própria vida estava inerente a ela. Mas ela sabia que enquanto houvesse ela o peito guardaria o mundo redondo e colorido que ela artísticamente desenhara.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ela tentara reconstruir os fatos inexoráveis de uma maneira desordenada... Parou, seguir era seu objetivo. Seria outra que não ela em mentira.

Menina entregue ao nada, com peito aberto esperando por boas vibrações de ondas que já se insinuavam, dançantemente, por entre lírios que borboleteavam entre tantas opções de planos. Chorou de fato, tornar-se uma nova garota que não em primavera doía sempre um tanto mais.

Os becos escuros a rodeavam sempre, ela os andava com estranhamento e esperança de que aquelas benditos olhos flamejantes a achassem e a consumissem em todo ser.
Pausou o ato de escrever uma carta. Deixar aquela carta guardada não valeria de nada, rasgá-la como desmerecimento seria negar a uma parte sua, deixá-la pela metade seria loucura e desistência de exaurir-se e tornar-se outra.

Dentre tantos dias cinzas estes eram os mais vivos, ela estava racional o bastante para saber que aquilo poderia ser controlável, sim controlável foi algo que ela se tornou... Não era mais a represa que inundava o mundo subterrâneo que corria por baixo de sua pele, quente e precisa.

Mas era um mar de doce imensidão, chorando cristais por um pirata que não levou a mais preciosa pérola daquele tesouro, que permaneceu ali quietinha esperando sua hora de deitar-se sobre o seio de uma mulher que amava acima de tudo.

Ela era infinitude, ela era plena depois de um segundo de suspiro e lágrima seca.
Era a mesma que procurava e a mesma que se achou.
Uma circularidade de livre pulsar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um armarinho de gente.

"Abre os teus armários eu estou a te esperar
para ver deitar o sol sobre os teus braços castos..."
(Casa Pré-Fabricada - Maria Rita)

Ele pensava o quão bom era estar em sua companhia, olhá-la e ser correspondido ( ser olhado, inspecionado em todas as suas formas mais humanas).

Achava engraçado e louco que a situação com ela era sempre diferente, o tempo sempre mais torto e largo, Ele era mais comedido, soando quase uma antipatia clássica, uma chatice imposta e absorvida sem reclamações, engano dela era um plano dele, sempre.

Ela, enquanto isso, ouvia o oco dentro de si, é... tava tudo certinho, orgânico e enfim. Vislumbrava e estudava minunciosamente um mundo azul-cristalino de aves claras e sem forma que se abria em mil planos.

Ela se sentia com asas, voaria por onde quisesse, se via num amor tão livre, onde, por ela, ele seria de quem bem entendesse, essa concepção de amor lhe era nova, e assim, mais válida e saudável.

Eles, numa vida folhetinesca que a cada capítulo de vida tinha um mesmo enredo... ou não, saíram cada um pra um lado fazendo tudo e um pouco mais, repartindo pessoas em cubos verdes, em formas diversas , em cores ousadas... em qualidades insanas e desconexas.

Engano nosso que lia isso pensando que era apenas um casal, eram pessoas andando em coletivos, deitadas em gramas, se olhando em filas de espera, casais espalhados pela cidade sem fim, vendo um pôr de sol que nascia do outro lado do mundo.

sábado, 1 de agosto de 2009

Dias de amores intermináveis.

-
Numa noite de frio, o azul escuro lhe era carcterístico, óculos translúcidos, sorriso de meia boca e voz de doce silêncio.
As conversas eram banais ao redor da tua imagem canônica, mármore quente, de rubor vermelho, se percebia por ali vida correndo em canais mínimos.
E eu me revirava por dentro, num caos só meu: Nervosismo, felicidade, angústia e ânsia do momento seguinte que era vibrante e quente. (um arrepio no pescoço que percorre as costas).

O calor que saiu na sua sonora e forte voz quebrou o vidro que nos separava.

Eu, meio quedo, olhei expressivamente em um ponto fixo que se espalhava por suas formas, cobertas e interessantes.
E a nossa mais interessante conversa banal começa e eu tenho medo de me atropelar por entre sua coerência e pausa ao falar, mas continuo andando rápido e falando sobre mim e sobre o porquê de mim sem nem querer saber mais de você que, atentamente, me escuta. Egoísmo meu? Sim! Eu quero você sabendo de mim em por menores. Assim de alguma forma eu me vejo afetando sua vida, numa melodia nova, de tons estranhos e tortos, você vem e diz coisas suas sem pressões em um ritmo arrastado e sinuoso, bem limpo! (Os vários planos e ações se confundem em espelhos paralelos de mesma imagem).
Logo a gente se separa. Cada uma vai pra sua vida, mas na minha rede a gente dorme no cansaço de viver com intesidade e rapidez.

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Objetos cortantes me são atirados, me perfuram, me crucificam e me ressucitam, e eu em rápidos lampejos percebo que não posso ficar ali e corro pra outro amor, sem correntes presas aos meus pés que estão sujos de barro marrom.
Mais um round de madrugadas que não têm fim.

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Eu sinto tudo muito calado. Eu sou lobo, velo a noite, ando em grupo, me distancio de todos por uma questão meramente de conveniência, mas os outros vêem até mim e você de vez em quando roda por aqui também.

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E numa manhã de amarelo-quente o samba vem e olhos negros percorrem um ponto infinito além de mim, e sobre mim.
Rodeios são interessantes nesse momento e eu me mantenho quieto e coerente, como a cor azul que vestia aquela noite circular, fria e mística.

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Mas eu sei que sou forte entre tantos amores concretos e enganadores.
E nos dias mais eu visto meu colar de Gandhi abençoado por meninas de mares distantes, de cores vivas, de olhares marejados, de verdades marcadas pela escolha de não querer parar de amar...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A saga de João (O conto)

Ele sapateia com um pé firme e o outro dançante na areia quente, num ritmo de poeira, os olhos firmes marcam os indefinidos caminhos com sorriso aberto.

Ele se embrenha no sertão que está disposto a descobrir.

Ele de cor amarelo-bronze ver seu caminho composto de coro nordestino, de cheiro forte, de temperatura quente, de letras onduladas e carregadas em pronúncias.

João olhou pro horizonte onde avistou uma moça de pele morena, dançanado em suas curvas sinuosas.Inutilmente tentou falar. Saiu um respiro seco, apenas.

Correu para o horizonte acompanhado pelo coro nordestino de fortes gritos, ao menos o vento abrandava a loucura que estava aquele painel de cores secas, de verdes apagados de amarelos intensos e embaçados pelo calor.

João em um piscar de olhos perdeu a moça de olhar chamativo... Achou pó.

Voltou para casa pelo caminho mais florido que conhecia desde que se entendeu por gente. João, menino de hábitos solitários, mas que não o faziam alguém sozinho... As flautas que teimavam em tocar eram doces, múltiplos sabores... sabor nenhum.

João sabia o que era, na verdade sabia da sua existência para além de si, João era um em todos. Os seus desejos esbarravam onde a terra encontra o mar, ao esbarrar hesitavam, respiravam, estudavam e mergulhavam nos braços do misterioso Mar.

E a noite serena se anunciava sempre a surdina, de estrelas inocentes, de Lua cautelosa, sofrida e silenciada, só se ouvia o batuque seco do peito de João.

Em breve João dormiria com um embalo de Bandolim, com o sorriso no rosto, rugas em volta dos olhos, pensamentos ao relento, bondade nos lençóis, suspiros de quem procurou Maria, moça sinuosa que fugiu com Francisco depois da ciranda de Joaninha.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ela envolta em lençóis sinuosos, se espreguiça , num conforto de noite mal intecionada...
O concreto não toca os seus finos pés, o gelo nao esfria ou minimiza a graça da sua vívida pele.
Ela não é mais a menina de coisas soltas, é uma mulher de idéias compactadas, de palavras convictas e densas, que promove inundação no peito de quem percebe o seu susurro.

Ela é nua, e sua flor de pele é quente ... viva.
é esperta, de inteligência própria , de momentos de enganação.
mas é ela, em toda sua verdade... herança de ninguém, mérito apenas seu.

sozinha no mundo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Olha! Estou decidido a escrever sobre uma coisa, ou melhor, várias coisas que pra mim são icógnitas, grutas que não exploro.
- Falar de amor é um dificuldade danada.

Ah! Falar de você muito mais complicado, nem sua face eu conheço, realmente!
Nem eu sei quem sou.

Mas eu sei o quero, eu quero sentir o mais doce sabor, o mais genuino sorriso, o melhor calor que o sol pode me dar numa praia, mais ou menos, às dez da manhã, só eu, você e o vento.
Sim nosso cúmplice de um divertimento que se extende por horas.
-
Eu quero dormir e acordar e ficar com você, olhando e sorrindo, gratuitamente, envolto em nossos lençóis brancos, o sol se pondo em colorido de laranja amarelado, e os seus olhos encolhem e sorriem.
O vento passa por entre as portas da varanda que estão um pouco abertas, as portas mais bonitas que já vi, elas são de madeira polida, com vidro em toda sua extensão, sim, para que possamos ver o mar e seus braços sinuosos e ele possa ver nossa alegria.

-

E eu acordo com o cabelo bagunçado que ninguém consegue ajeitar... rs'
[vergonha boa!]
Mas o café feito, vamos esquentar o estômago e falarmos de boca cheia, de vez em quando é bom.
E é realmente ali que estamos em corpo & pensamento.

e o peito pulsa e o estômago vibrila.
e a gente não tem fim.

[coisa mística essa]

terça-feira, 9 de junho de 2009

E esse seu jeito 'super'ficial me [completa'mente] confunde.
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No início, seus olhos negros pesavam sobre mim, me queimavam, me faziam Fênix, me faziam outro.
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O tempo passava e o negro dos seus olhos tornam-se opacos e os meus olhos de concentrado âmbar, de um doce acre, se perdem e se desviam dos seus.
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E no meio da diversão achei olhos de água límpida, convidativos, mas, de vez em quando, tua mística roubava-me tempos, sonos, tirava-me fôlegos... acelerava-me o peito.
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E eu com meus olhos ressacados volto para teus olhos de gostos franceses, de pronúncias carregadas.
-
Mas um tempo chega! Tempo de olhos entendiados, de olhos inquisidores, olhos de soberba. Mas os olhos antigos e observadores vêem tudo, docemente [silenciosamente] - sem medo de esperar.
-
Nesse mundo louco de pessoas agitadas e olhos vazios, eu me perco te vendo nas coisas mais finas, nos olhares mais pesados, nos poucos fios de cabelo branco que tens.
[cheveux blanc, blanc... cheveux]

- e a vontade de não parar-

Je ne t'oublierais pas
O menino de mãos pequenas e gordas deitou vagarosamente, como anjo em nuvem de algodão.
-
O seu sorriso puro e sincero combinava com o momento de tempo 'seu' que vivia.
-
Esperaria o depois de amanhã, esperando a poesia em nome.
-
Brincaria de ser feliz em um mundo onde brincadeira se perde e o que se acha são rostos estranhos, mudos e quedos.
-
E ele sorriu, sorriu, sorriu, riu....

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tentando tecer pontos incognitivos' [mas] 'o silência reina.

E ela pensa nele assim , todo de branco, como nuvens em algodão descendo pelo corpo franzino, mas não menos elegante.

Sorriso, assim, de boca inteira.
Ela, assim, desconcertada' [sorriso de meia boca] ' reinando silêncios reveladores.

E ele a ver, bom eu pensei que ele a tinha visto, mas na verdade não a viu.
Ela, decidida, voa por entre suas nuvens, fazendo chover pratas em dias normais.

Pobre menina, no azar de ser diferente, dentre de uma normalidade estranha, fez com o que anjo, em nuvens, tomasse um rumo que não era o de sua casa [não era a sua guia'guarda]

Mas ela continuou sonhando, vivendo dias roxos de verdes 'musgantes', de neologismos batidos com poesia irregular.

no mundo de sentidos, em coisas desconexas.

...Mas ela era feliz... é!
:)

[hum! eu quero cor]

domingo, 17 de maio de 2009

E o menino que se perdeu ali, cadê?

Tá em alguma nuvem furta-cor... debruçado sobre o gabinete alheio, escutando samba & bossa'.

Se achando em esquinas, em sinais vermelhos... dedilhando o seu banjo imaginário.
De olhos fechados, brilhos opacos, vida gasta, gritos abafados.

Ei e ele corre na areia fina de um mar azul de braços sinuosos, camisa verde, short marrom, cabelo encaracolado feito de amor e beijos molhados de 'mainha' com peito cheio.

Como nos deixa tão breve?!
...nos conhece e nos deixa, assim
com braços vazios de fina saudade!
E o doce do amargo se vê no falso afago que a mulher da esquina, de rimas pobres, dar no moribundo necessitado.

E os olhos cegos de quem passa pela esquina mal iluminada, de luz a óleo, de pedras úmidas, ver a clareza de uma vida invisível.

E a vida anda se perdendo lá pelas tabelas por becos-esquinas e sua reprodução viva é feita em papéis de guardanapos furados.







Em meio a pessoas me vejo setenciado a escrever coisas absurdas e complexas, superficiais, afogadas em letras, números e signos.

As pontuações me surpreendem de vez em quando. Sim! Você pontuando coisas me surpreende sempre.

Eu admito! É eu mereci pontuações grosseiras, garanto-te que não dormi bem esta noite. O humor afetado pelo torpor no meu peito foi estranho, jamais experimentado, esganiçado, debatido silenciosamente... Calado a pancadas fortes e doses de morfina.

Enfim, esperando pelo dia de amanhã, hoje é dia de outras pessoas. Pensei em pedir obviedades na surpresa de amanhã, já que a obviedade de ontem tornou-se uma surpresa desagradável.

Vivendo outros sabores mais doces, salgados, neutors e amargos.

O sabor de hoje, certamente, é chocolate!

domingo, 10 de maio de 2009

'E tu se afasta de mim porque?
Mas nem se afasta'

'Tu é assim menino doido de olhos pedintes
amigo de sambas, verdadeiros bambas'

É que sou um bicho estranho, sabe? Me entranho por dentro de mim mesmo e me estranho, perpasso caminhos macios, negros e de difícil passagem, caminhos ocultos.
-Tô por fora de mim mesmo, cabelo clareado por luz de candeia.
Um certo raio de sol. (de roxo ameralo doce)

Assim a inocência nossa se perde no cotidiano doce que vivemos, na vida que peço emprestada , na vida cedida a ti pra brincar de conto de fadas...de rodas, de ciranda, de banjo, de grama'

Eu de vez em quando visto a jaqueta preta, desgastada de tempo, de brilho opaco, combinando com meus olhos de brilho suave e quente. 'fool'gacidade vivaz.
Eita que a trança se tece e eu me costuro em retalhos de tudo, texturas diferentes, volumes inadequados e imensuráveis.

de letras equivalentes a números indecifráveis e incompletos!

"Com luz de candeia pra nunca se apagar"
Roberta Sá - Janeiros

domingo, 26 de abril de 2009


"Um dia quando descobrir quem sou , talvez eu me sinta como o vento. O vento que não passa de vento, não passa da grandiosidade de tal limitação..."

De quando eu sento pra conversar com os outros, de sorrir, genuinamente, de olhar, intensamente, de não sentir nada a não ser o alívio de estar onde estou e ser quem sou.

Da colcha de retalhos , dos retratos falados que ficam impregandos em minha mente, da noção doentia que tenho da necessidade de viver, da visceralidade louca que tenho por falar, da sutileza que tenho ao construir a minha fortaleza, o meu castelo de areia.

Dos meus pensamentos soltos repletos da angústia de ver as pessoas e seus sinais fechado. Ah! E dos risos incontrolados de sinais verdes e de pessoas multicores.

De quando me sinto preso a convenções bobas, às situações falidas a séculos (amém!)
Da vontade doida de correr às cinco da manhã com amigos de juventude que não os tenho, num futuro de adultos em que eles estão comigo.
Do saudosismo de algo que não vivo.

Dos meus amendoados olhos cansados que não se fecham enquanto houver luz para ver e perfume para sentir.

Dos pulmões pintados de preto, onde o vermelho teima em predominar por entre a poluição do homem que não sente o que respira.

Experimentando de tudo um tanto, porque um pouco não serve de nada!

Eita que isso tudo não passa do devaneio de um menino sonhador, meu Deus! Que abre os braços pro céu, em cinema brasileiro, que não some jamais e que renasce a cada novo suspiro de vida!

(esperando a nova cena de a''parecer'')

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O Bordado aqui é bom...
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domingo, 12 de abril de 2009

É por que, de vez em quando, a gente brinca de ser grande, e percebe a grandeza de ser pequeno.

aí amanhã a gente voltará pra ciranda e a saia rodará com o vento por entre as pernas e o tênis sujará num roçar de terra marron, bem molhada.

Ontem , criamos as asas e não percebemos os locais por onde voamos , mas certamente, lembramos do guarda chuva que que nos protegeu da torrencia que cairá, amanhã.

Os tempos confusos, as ações confusas, as decisões erradas, os destinos certos e embaçados...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pés no azul do mar , pés de cores claras , talvez os grãos de areia que se unem com numa história que começou mesmo antes de existir ...
O fantástico da mistura de sentidos, uma audição que ver o rosa, um cheiro um tanto doce e um som um tanto claro.
E o monólogo , prosegue .
Ah! E prometi a mim mesmo que iria pôr mais cores na minha vida e nos meus textos.
E espero estar fazendo!

Uma Casa Pré - Fabricada Rosa
Um Menino Amarelo, com pés no azul do mar, um tanto doce.
Um coração vermelho que borbulha em brilho e que não quer parar de amar, um amor azul que some na brisa fina roxa.

Um menino que une coisas , cores e cheiros. Ao ver que nada disso existe , ele senta, fecha os olhos, sorri...







...e some.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Respirara, uma última vez, como o menino que fora e caminha, agora, como o homem que é... Andara pelas calçadas molhadas, insensivelmente. Calçadas de folhas secas e correntes arrastadas...

Com chinelo de couro, calça desbotada guardara na mochila mundos particulares; preservados de universos exteriores.

E o menino crescera entre dragões de concreto, cavalos de metal, com o coração amortecido por batidas abafadas.

E no espelho o rapaz se vê em todos os ângulos, mas foge das formas densas, foge de seu próprio olhar inquisidor, dos pedaços que não se juntam mais.

Ao despertar, ele se mostra cada vez mais forte, talvez...

Com brinco, piercing e tatoo Ele se mostra uma pintura Surreal.

Numa dança particular e nua, ele anda numa liberdade apenas sua.

O mundo permanecerá surdo, mas ele gritará, silenciosamente, para que o outro lado da ponte o escute...
E os batimentos continuarão.

Ele se vestirá, ao chover, com aquela jaqueta preta e não se perdoará por nada que perder...
pelo alguém!

O menino guerreiro, o homem rebelde, o rapaz artista que se confundem num quadro pintado a dois, três... com músicas , conversas e brilho no olhar, realmente, não se define. É uma categoria futura que passara...

Todos os dias, ele regava as flores, vestia a jaqueta ao chover, se odiava ao perder, dançava em seu show particular, lutava, cansava, desfalecia, morria










































...Ressuscitava

p.s: Para Mariana, pelas conversas boas, pelos planos de nos conhecermos "materialmente" falando, pelo ensaio de OMG (by Tatiana Del Toro), pelo desencontros, pelas músicas sugeridas, pelos gostos em comum, pelos gostos totalmente diferentes também (é mas não gosto de carne, fazer o quê né? Olha nem sou louco, ok ?!), pelas tantas outras coisas que se perdem na minha mente cotidiana.

créditos:
Carrie Underwood
*Don't Forget To Remenber Me
*Jesus Take The Wheel
Matt Giraud
*So Small
Adam Lamebrt
*Ring Of Fire
Dezarie
*Free Yourself
Kelly Clarkson (Sugestões - Mariana)
*Be Still
*Maybe
*Hear Me
*I Hate Myself For Losing You
*Sober

domingo, 8 de março de 2009

Benjamin, nunca quis compreender aquela limitação de entendimento adquirida pelos adultos.

Ria da própria mãe por achá-la tola demais e dizia para sua genitora com um ar de superioridade real...
- Júlia, como tu és tola! em tom baixo que apenas ele escutava.

Olhava a mãe regar as plantas com uma serva e ler livros entre borboletas como uma rainha.

O menino, como filho da própria, olhava tudo da sacada de um quarto que ficava no andar de cima, ele ao contrário da mãe não gostava de jardins e nem aproximava-se de borboletas conselheiras.

_Ele se bastava!_

O reino era só seu.

Ele falava com os pais, sempre em tom de ordens que estes não percebiam.

Benjamin tinha o olhar cansado, olhar de vento fino que te cerca por um instante e no seguinte te desespera e o leva a procurar mais brisa, deixando um calor insuportável.

Talvez por isso, Benjamin, se bastasse, por que para os outros bastava apenas imaginar que o tinham.

E o menino seguiu dando ordens despercebidas, sem borboletas conselheiras, sendo o que bastava para todos...

_com os seus olhos cansados de fina brisa_
Júlia, desde sempre, dava soluções às coisas (_problemas_) que eram recebidos aos risos pela mãe, ela sentia-se uma tola, logo ela, Dona de si e do mundo que habitava_e do mundo ela sabia e dos problemas também_.

Indignava-se por que a mãe a achava tola, mas ela não o era. Ela era uma égua selvagem que corria pela relva, entre espinhos que a cortavam sem dor.

O jardim era regado por sua mãe, função que Júlia a ordenara, silenciosamente. A genitora cumpria sua ordem, prazerosamente.

As borboletas eram suas conselheiras reais, conselhos que se perdiam entre silêncios que só se compreendiam através do bater desarmônico de asas, um bater lento e um pairar efêmero e desesperado.

Júlia, piscou os olhos, e voltou daquele pensamento que lhe dava sono. Voltou a reinar na solidão.
Levantou do jardim para dentro da casa, a panela no fogo nem foi percebida mas era constado.

Júlia seguiu dando ordens silenciosas à sua mãe, escutando os conselhos das borboletas, não vendo panelas, numa vida de rainha tola.
A mão morna tocou as costas, os lábios úmidos a minha nuca, estranhamento de tal temperatura, agradável para quem espera gelo se desfazer em chamas.

A descrença só aumenta com cada comportamento normal que se tem, cada susurro que se diz numa pequena cozinha, de paredes manchadas, de muita comida.

E depois tudo se perde no cotidiano de ruas lotadas e sala vazia.
A menina, de olhos pedintes, fixou em uma espera quase que suplicante no pai, a espera de uma resposta sem perguntas.

O pai debatera-se, convulsivamente, atrás de palavras lógicas e mascaradas que não afetasse a redoma em que criara a menina.

_suspiro da menina de olhos arregalados_

- Seus óculos estão sujos hoje, Bia! Setenciou o pai.

(Talvez, a gente possa fingir que vai se ver amanhã de novo... Só de brincadeira!)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ando descobrindo adjetivos desqualificados sobre mim mesmo.
Venho me comparando a comidas, temperaturas, melodias, melancolias desnecessárias, fantasias enganadoras...

-Sem goles de bebidas entre estes instantes, já que não faz o meu perfil beber!

Pessoas me surpreendem a cada dia, algumas bem, outras mal, certamente, as que me surpreendem mal estão fazendo festa, já que a abundância é enorme.
O rumo da vida ruma por aí, sei lá onde!

_Acho que o meu eixo imaginário não está servindo de nada, portanto estou a procura de um eixo mais concreto.
Placa fixada não minha testa: Procurando a mim mesmo!
_recompensa enorme para quem me achar e me entregar, que eu não seja mas a insegurança que me ronda ultimamente e sempre.

(tentando boiar em sonhos bons que as vezes eu mesmo me permito ofertar)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Por que aquilo que eu sinto não há condenação, não há condenação para tais loucuras, não há condenação para a mão fria que toca a quente, não há condenação para quem entrega a prórpia vida a um morto, não há condenação para quem joga com palavras, não há condenação para quem é tentado e destruir quem ama, não há condenação para quem tenta entender quem ama.

-nem salvação...

- as coisas apenas fluem como sangue em veia, como ausência de sangue em veia... como a falta de calor no corpo.
nos corpos...

ao fechar os olhos, entregue-se cada vez mais a quem pertence até de olhos abertos, cego para toda coisa aparente.

não há condenação para quem queima de ódio tentando salvar a própria alma.

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