Why to Choose RedHood?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um armarinho de gente.

"Abre os teus armários eu estou a te esperar
para ver deitar o sol sobre os teus braços castos..."
(Casa Pré-Fabricada - Maria Rita)

Ele pensava o quão bom era estar em sua companhia, olhá-la e ser correspondido ( ser olhado, inspecionado em todas as suas formas mais humanas).

Achava engraçado e louco que a situação com ela era sempre diferente, o tempo sempre mais torto e largo, Ele era mais comedido, soando quase uma antipatia clássica, uma chatice imposta e absorvida sem reclamações, engano dela era um plano dele, sempre.

Ela, enquanto isso, ouvia o oco dentro de si, é... tava tudo certinho, orgânico e enfim. Vislumbrava e estudava minunciosamente um mundo azul-cristalino de aves claras e sem forma que se abria em mil planos.

Ela se sentia com asas, voaria por onde quisesse, se via num amor tão livre, onde, por ela, ele seria de quem bem entendesse, essa concepção de amor lhe era nova, e assim, mais válida e saudável.

Eles, numa vida folhetinesca que a cada capítulo de vida tinha um mesmo enredo... ou não, saíram cada um pra um lado fazendo tudo e um pouco mais, repartindo pessoas em cubos verdes, em formas diversas , em cores ousadas... em qualidades insanas e desconexas.

Engano nosso que lia isso pensando que era apenas um casal, eram pessoas andando em coletivos, deitadas em gramas, se olhando em filas de espera, casais espalhados pela cidade sem fim, vendo um pôr de sol que nascia do outro lado do mundo.

sábado, 1 de agosto de 2009

Dias de amores intermináveis.

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Numa noite de frio, o azul escuro lhe era carcterístico, óculos translúcidos, sorriso de meia boca e voz de doce silêncio.
As conversas eram banais ao redor da tua imagem canônica, mármore quente, de rubor vermelho, se percebia por ali vida correndo em canais mínimos.
E eu me revirava por dentro, num caos só meu: Nervosismo, felicidade, angústia e ânsia do momento seguinte que era vibrante e quente. (um arrepio no pescoço que percorre as costas).

O calor que saiu na sua sonora e forte voz quebrou o vidro que nos separava.

Eu, meio quedo, olhei expressivamente em um ponto fixo que se espalhava por suas formas, cobertas e interessantes.
E a nossa mais interessante conversa banal começa e eu tenho medo de me atropelar por entre sua coerência e pausa ao falar, mas continuo andando rápido e falando sobre mim e sobre o porquê de mim sem nem querer saber mais de você que, atentamente, me escuta. Egoísmo meu? Sim! Eu quero você sabendo de mim em por menores. Assim de alguma forma eu me vejo afetando sua vida, numa melodia nova, de tons estranhos e tortos, você vem e diz coisas suas sem pressões em um ritmo arrastado e sinuoso, bem limpo! (Os vários planos e ações se confundem em espelhos paralelos de mesma imagem).
Logo a gente se separa. Cada uma vai pra sua vida, mas na minha rede a gente dorme no cansaço de viver com intesidade e rapidez.

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Objetos cortantes me são atirados, me perfuram, me crucificam e me ressucitam, e eu em rápidos lampejos percebo que não posso ficar ali e corro pra outro amor, sem correntes presas aos meus pés que estão sujos de barro marrom.
Mais um round de madrugadas que não têm fim.

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Eu sinto tudo muito calado. Eu sou lobo, velo a noite, ando em grupo, me distancio de todos por uma questão meramente de conveniência, mas os outros vêem até mim e você de vez em quando roda por aqui também.

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E numa manhã de amarelo-quente o samba vem e olhos negros percorrem um ponto infinito além de mim, e sobre mim.
Rodeios são interessantes nesse momento e eu me mantenho quieto e coerente, como a cor azul que vestia aquela noite circular, fria e mística.

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Mas eu sei que sou forte entre tantos amores concretos e enganadores.
E nos dias mais eu visto meu colar de Gandhi abençoado por meninas de mares distantes, de cores vivas, de olhares marejados, de verdades marcadas pela escolha de não querer parar de amar...

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