Why to Choose RedHood?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Antônio acordava todas as manhãs com uma serenidade tão estrangeira, com a qual ele habituara-se a conviver nos primeiros minutos de seu dia. Livre de todas as frustrações, aquela estranha sensação mostrava-se, genuinamente, seu Eu de forma mais óbvia.
Ele sentia-se vivo, dinâmico, orgânico. As explosões de cores psicodélicas e leves como algodão-doce desenhavam-se em suas formas mais discretas, mas ainda o era, ou melhor, o era em sua forma mais humana.

Mas com o passar do tempo Antônio aparecia de forma inconstante, outro. Um tanto mais agoniado, agonia de coisas rotineiras, o que fazia com que todos os adjetivos sumissem de forma sublimada. Antônio era tantos durante um dia que ninguém conseguia apreendê-lo e talvez por isso fosse tão incompreendido, mas ele decidira um mês antes de seu aniversário que seria alguém de traços mais suaves. E ele trabalhou duro em cima daquele projeto, até perder todas as feições mais auto-relevo que houvera em si.

[esperando que Antônio continue na essência, mesmo com a mudança de pele]

"Just to get me some place, where all the scars on my heart"
(Alive - Leona Lewis)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cachinho de lobo.

Eu desejo desenhar a organicidade. Atenuar suas cores de pop art, quero mais construtivismo. Almejo um fio solto, indicador de boa textura, uma pele lisa, apontamento de seda inocente. Procuro fazer sentido, de uma forma enxuta, limpa, clara, concisa e, esteticamente, aceitável.
Isso é o que faço comigo mesmo, exigência particular, eu em primeiro, em tal caso não há segundas intenções ou terceiros envolvidos. É "desabafo meu...Eventualmente, quero é sorrir sozinho em neve, registrado em fotografia".
Descaradamente, me encaro como meu maior perigo. Alimento-me todos os dias, bem cedinho, de um veneno de doce engano. Cabe aqui o desejo por um bandolim! Questionamentos voam por entre plamas desfeitos - "porque um bandolim?" - A resposta é: Porque bandolim soa bem (visualizo uma imagem) ... Eu em terra minha, quente de sangue pulsante e um bandolim.
Diferenciadamente meu inho nunca quis ser piloto de avião, nem bombeiro, nem médico, nem professor, nem advogado; quis ser veterinário, ator, desenhista, artista plástico, sempre cineasta; é publicitário.
...Talvez por querer enganar - se com os próprios sonhos... talvez!
Não sei porque gosto de lobo, de vento, de lua, de chuva de Virgem de Guadalupe, da latinidade que corre em mim. Trabalho duro para ser comedido, jamais triste. Preservo minha paz, a meninez de mim. Preso por uma ideia corrida, preso pelo único em um texto, mas nunca o tenho, nunca!
Gosto de dormir no meu frio particular, vivo com todo mundo, pretendo ser alguém que eu perdi no início de mim e não consigo encontrar no futuro.
Eu só quero. Quero tanto!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Hey baby! Esse rock and blues se estende por entre nossas coversas bobas, tão desinteressantes até para nós mesmos, que é estranho ver, de vez em quando, risos banais saindo de nossas dentaduras irregulares, a minha mais que a sua.
E o divã sem analista e paciente se desenha entre nós, como se fosse um símbolo, signo, significante e significado, simplesmente desabafo.

"Ei senta aí, que eu não gosto de ninguém de pé, enquanto estou sentado!"

E te digo aquele segredinho infantil e adocicado 'eu gosto quando você gosta de mim, e gosto ainda mais quando essa minha voz sai rouca susurrando as palavras de que gosto de você quando você gosta de mim'. Repetitivo, sim! Mas verdadeiro em cada letra.

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