Why to Choose RedHood?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Daria para escrever um texto se quisesse , mas queria ir além daquilo ...

Tinha idéias acumuladas de meses na cabeça , nela rolavam pedras , porcos , tejos , vacas , açudes, dores , angústias, transportes, mortes , vidas , experiências, lembranças , amores , decepções, pessoas , músicas, filmes , teatros ... uma circularidade , cada coisa puxava a outra num mundo perfeito feito de tantas lacunas.

O mais difícil era ordenar as idéias e lutar contra as sensações que vinham, portanto não lutou se entregou viveu e sentiu ... Palavras em espanhol lhe eram susurradas ao ouvido; as portuguesas vinham logo em seguida mostrar-lhe que era delas que ele se ultilizava e abusava, as vezes.

Agarrou as sensações e ficou ali com elas , não quis nenhuma calmaria , diferente de muitos, as novidades lhe eram bem-vindas, há quem acredite que essas atrapalham o ritmo de uma vida meio regular , porém cheia de segredos abafados, ele não era assim a cada minuto um suspense novo , uma novo choro , um novo riso , um grito , um silêncio...

Tinha coisas que sumiram nesses meses , planejou ter um caderno de anotações, esperava que cumprisse o plano , esse e outros também, esquentou o estômago como a um amante quando espera o seu amor carente.

Escreveu linhas , escreveu letras, escreveu pensamentos, escreveu ilogicamente...

E as pessoas invisíveis das ruas , teriam que entrar por mais que não fizessem sentido, no meio de tudo aquilo , elas existiam ... ou não ?

Mas ele jurou tê-las visto , ao menos ele as viu , estendendo a mão em busca de um metal sujo, os outros viravam a cara mesmo não as vendo, mas aqueles rostos eram familiares , mas todos sumiam de sua memória , então teria que escrever deseperadamente , como se aquilo a qualquer momento sumisse como o vapor de uma café que se dissipa no ar .

Continuou escrevendo loucamente , sem sentir mais ou sentido das palavras ...
E tudo ficou sem fim ... esperando a queda da última letra no papel borrado, riscado , errado e de uma morte bem viva.

domingo, 13 de julho de 2008

Ao amigo Jonas

Bonecos de cera
de massa
de madeira
de mentiras verdadeiras ...

sem poemas, mas besteiras ...
sem contos, mas conto com um ponto tonto que teima em perambular pelo mundo adulto de coisas infantis ...

sábado, 5 de julho de 2008

O vidro da janela, embaçado de frio, refletia a clareza distorcida dos efêmeros pingos de chuva, os pingos corriam para a morte com entusiasmo, no chão não eram mais pingos e sim poças.

Os pés doeram ao pisar o chão gélido, camiseta amarela de tantas lavagens, sua favorita... Passou cegamente pelo vaso com um copo-de-leite tão sem graça quanto a parede cinza que servia de fundo.

Acordara, levantara, andara sem sensação alguma, mecanizado permaneceu até o primeiro gole de café quente tocar seu estômago, do qual subiu para memória aquecendo e fazendo vibrar inconstatemente, mas não menos intenso os raios roxos que tomavam formas diversas e complementares a uma lógica final.

Distribuíram-se no negro de sua mente e ele nem sequer percebera, não era inteligente para tanto.

Os desencarnados divirtiam - se muito mais com o seu mundo do que ele mesmo.

A sua presença sempre ausente se deu normalmente . Nunca teve desejos, ânsias, conquistas , medos...

Vivia inercialmente.

Era uma embalagem.

Sua definição era preguiçosa, parava com reticências... Cheia de mensagens implícitas de nenhuma importância.

Os dias eram aqueles de um homem com lacunas e uma existência imperceptível, nem ele mesmo sabia se existia, na verdade nunca pensou ... sequer viveu.

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