Ele sapateia com um pé firme e o outro dançante na areia quente, num ritmo de poeira, os olhos firmes marcam os indefinidos caminhos com sorriso aberto.
Ele se embrenha no sertão que está disposto a descobrir.
Ele de cor amarelo-bronze ver seu caminho composto de coro nordestino, de cheiro forte, de temperatura quente, de letras onduladas e carregadas em pronúncias.
João olhou pro horizonte onde avistou uma moça de pele morena, dançanado em suas curvas sinuosas.Inutilmente tentou falar. Saiu um respiro seco, apenas.
Correu para o horizonte acompanhado pelo coro nordestino de fortes gritos, ao menos o vento abrandava a loucura que estava aquele painel de cores secas, de verdes apagados de amarelos intensos e embaçados pelo calor.
João em um piscar de olhos perdeu a moça de olhar chamativo... Achou pó.
Voltou para casa pelo caminho mais florido que conhecia desde que se entendeu por gente. João, menino de hábitos solitários, mas que não o faziam alguém sozinho... As flautas que teimavam em tocar eram doces, múltiplos sabores... sabor nenhum.
João sabia o que era, na verdade sabia da sua existência para além de si, João era um em todos. Os seus desejos esbarravam onde a terra encontra o mar, ao esbarrar hesitavam, respiravam, estudavam e mergulhavam nos braços do misterioso Mar.
E a noite serena se anunciava sempre a surdina, de estrelas inocentes, de Lua cautelosa, sofrida e silenciada, só se ouvia o batuque seco do peito de João.
Em breve João dormiria com um embalo de Bandolim, com o sorriso no rosto, rugas em volta dos olhos, pensamentos ao relento, bondade nos lençóis, suspiros de quem procurou Maria, moça sinuosa que fugiu com Francisco depois da ciranda de Joaninha.