Why to Choose RedHood?

sábado, 14 de agosto de 2010

Ela se esgueirava sutilmente pela esquina, levantava o queixo mostrando o batom vermelho sangue & o sinal expressivo feito com lápis, um pouco do cabelo firmemente penteado de cor tão preta. Ela olhava com gosto por entre o movimento, os carros de classe passavam e ela os escolhia de forma tão fria. De repente parava em sua frente um cavalheiro distinto de sorriso estranho, ela logo entra em seu carro, ele como quem sabe o caminho a leva com toda a sua pose imperial, sem palavra alguma a ser dita.
Até que chegam em suas quatro paredes, ela como uma verdadeira profissional se movimenta de forma geniosa, o público aflito se delicia com a performance - de fato "uma grande" - sentir o prazer nos olhos é cumprir seu objetivo.
Ela como fina seda se derrama de forma enlouquecida na cama, cansada de toda a revira volta, despiu-se de seu personagem, fizera o show, deixara o homem aflito, satisfeito, aliviado(...) Ela agora dormiria, se perderia em sonho onde ao menos poderia sorri... sendo de fato Helena.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

É complicado explicar a relação estranha que eu possuo com o mar, com o vento, com a vegetação, enfim, com os objetos místicos que fazem parte do meu mundo particular, um mundo raramente expresso em meu cotidiano(...) Mas o expresso com grande força em tudo que escrevo, ou me atrevo a escrever. Eles se manifestam em cada erro que eu tenho; dentro das imperfeições eles se encaixam cada vez melhor.
Me é demasiado estranho, como me sinto Brasileiro, mesmo gostando de coisas que o mundo insiste em indicar como globalizado, me sinto tão marrom, me sinto tão verde, me sinto BEM amarelo, eu me sinto vividamente colorido, coisa que só um Brasileiro tem. Né verdade, bicho?!
E sim, é por me sentir assim que eu me encaro normal, mais inserido dentro de um universo do qual nunca gostarei de sair, mas de um universo que eu quero me despregar para conhecer quantos mundos ainda existe além dele.
[pausa para acalmar o susto que essas coisas digitais pregam na gente]
Eu acredito que esse texto está se tornando um autoretrato, mas todos são, sempre vão ter vida própria e em contra-peso terão um pouco da racionalidade e passionalidade do canal-escritor que o faz, e neste aqui há bastante de mim, uma parte muito boa e quase desconhecida do grande público, talvez ele se torne menos poético por isso, por ter esse caráter autobiográfico, mas ele não deixa de ser intenso.
Eu já fui tantos Antônios, Joãos, Josés, Marias, Júlias(...) Já fui um, dois, três(...) Apaixonado e apaixonante, sou sempre o determinante e determinado que passa um bom tempo ao traçar linhas tentando, como sempre, fazer sentido.
E isso é bom! A cada dia eu vejo isso aqui com mais seriedade e, certamente, é por isso que cobro tanto de algo que escrevo, medo de digitar coisas superficiais como já fiz, com as quais depois não me reconheço. É nesse momento que eu sinto aquele medo que me sumiu há tempos onde eu me entrego de corpo&alma e principalmente braços e escrevo coisas erradas sobre mim.
Eu dentro de quatro paredes com uma brecha ali no meio me sinto tão livre e vou trabalhando em cima desse assunto, o de mostrar mais organicidade, fazer menos sentido, ou quem sabe fazê-lo mais, quem sabe eu seja tão esfíngico que só eu mesmo me entenda ou entenda isso que eu digo que sou.
Eu só tenho certeza de uma coisa meu caro companheiro! Esses elementos místicos bambam por entre rodas e rodas de fino, clássico, popular e barrento samba.

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