Para minha querida Tais, menina de lilás vivaz.
Nós dois ali sentados na varandinha de uma casa alheia a mim, mas só nossa.
Olhando pessoas passarem, pessoas de cores diversas, pessoas de corações diversos, batimentos descompaçados, 65, 86, 94, 125, aquele ali estava correndo para não perder o ônibus, ele tinha uma cor tão azul.
Nós dois ali juntinhos, marido e mulher, casos paralelos, eterna brincadeira. Você pergunta formato e cores de tantos, eu respondo "sinestesicamente" os adjetivos de poucos. Permanecemos naquela existência infinita que nos foi dada de bom grado, pensando sem linearidade.
E eu caio em mim, e começo a me questionar sobre a sua visão de ver, sua visão de tocar, sua visão de paladar, sua visão de impressionar! E eu sou que cor? Meu sorisso tem que sabor, minha voz tem que cheiro?
Eu giro em um pano fino, caindo brilhos molhados no ar. Chego ao chão, toco sua mão e sorrio para ti, aqui está minha pequena, letrinhas coloridas para uma pessoa de voz muda, sorriso lilás, vida fugás.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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3 comentários:
incrível, só pra variar um pouco ;)
adooro essa sua sinestesia ^^
Ah! Meu publicitário favorito,lindo demais *-* Adoro ler as coisas que voce escreve aqui,ainda mais com meu nome nelas. hahaha s2
Poético, encantador, sentimental. Bonito, rapaz. =]
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