Why to Choose RedHood?

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eu acho que ver os teus pêlos loiros me deixaram um tanto que confuso, aquele leve inclinar de cabeça para o lado não me faz bem até agora, por mais que na hora isso tenha me trazido ótimos sorrisos não foram tão duradouros como a bagunça que se fez, silenciosamente, dentro de mim.

Não pense que estou de forma alguma colocando a culpa disso tudo em você, na verdade não há culpados para isso, acho que o despropósito às vezes se impõe na vida de alguns e eu fui o sorteado da vez.

Foram vinte minutos de uma torcida que se desfez no vento, se desfez no momento em que eu pus meu pé naquela calçada em frente aquele estabelecimento consagrado pelos séculos, por pessoas que sequer conhecem o real valor daquele monumento inteiro.

Mas como isso me faz suspirar! Pensar nas tuas formas mais expostas; a pele clara, cabelos fartos convivendo com os ralos, o nariz esculpido à mão, na verdade você foi. Esse romance estava em estrutura diferente, mas eu certamente estava te comendo com olhos de comer fotografia e a minha visão foi que ficou azul, que metalouca é essa em que vivo?

Estranho te amar por menos de uma hora e ficar com essa confusão de que tenho que amar tanta gente agora pra esquecer o amor mais breve que eu tive, amor estruturado em projeções de um futurinho que eu guardei no cantinho de mim para nós. Planinhos que to achando que vão ficar pra outras oportunidades e para tantas outras.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje é daqueles dias em que você segue o caminho das gotas de chuva, sem ninguém por perto, sem nenhum telefonema inconveniente, melhor, sem nenhum telefonema, sem ninguém preenchendo as lacunas do peito de impusos raivosos e desesperados.
Talvez hoje seja daqueles dias em que você sai na rua de calçamento úmido, o carro ali estacionado no canto, seguindo alguém que está em algum lugar daquela cidade quieta, fria, muda, clara, adjetivadamente infinita.
Na verdade hoje é daqueles dias em que você sente apenas um vento que não define clima. A mediocridade impera em qualquer lugar, em qualquer olhar, em qualquer pensamento, dia de sorrir dolorosamente.

O dia é misto, denso, sem forma, sem reação, sem nação, de um coração estrangeiro às ações de todos, peito de um fugitivo ofegante, fugindo do seu mais íntimo tento.
Quem é esse fugitivo por trás desse lenço de azul cor de céu, de arma levantada contra o próprio peito, de sorriso escancarado para o nada, de olhar umidecido?

Quem é aquele homem ali sentado num banco descascado em frente a um hospital? Vendo a vida ir e vir, acabar no meio do caminho.

"Não me pergunte! Eu estava vendo pássaros das mais diversas cores voarem pela subterrâneo, estava vendo peixes nadarem no ar azul límpido, estava vendo a cegueira que me atordoava."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vestiu sua jaqueta preta de couro brilhante e sua calça jeans clara surrada, bagunçou o cabelo de fios perfeitos pretos e brilhantes como sua alma, inflou o peito de orgulho vibrilou o ventre de expectativas.
Essa noite seria crucial para si e para quem atravessasse seu caminho, decidira não ficar mais na inveja de quem estava vivendo. Preferia se fazer em mil cacos do que viver em vaso de porcelana persa que era.
Pediu a mais forte dose que havia naquele lugar iluminado por luzes psicodélicas, moveu o corpo numa batida que ele mesmo ditava, sentia queimar os olhares sobre si. Aquele amor ruim se anunciava em curvas fortes, olhos desenhados a lápis, cor parda, cabelo no lugar, sorriso de meia boca, a mão quenta lhe puxou, foi...
A ritmia cardíaca era a do chão tremido e sujo de poeira de uma imensidão que ali parecia estar em sua individualidade que pouco fazia sentido. E de fato, o que faz sentido?
Até o beijo sem definição - um misto de macio, de molhado, de áspero, de quente com extremidades frias, de olhos bem fechados que tudo viam, de uma imensidão que se fazia una, na infinitude de dois corpos. Ambos fadados a estarem em uma história trágica, mas de riso inebriado pelo prazer.

Objetos finos os perpassam e o enchem de todo o ser.

Era insano como aquilo era doentio, mas era o que tinha procurado por entre vidas. Era destrutivo, mas era ele. Era amor na sua forma mais feia e mais intensa, mais sanguinária. Era a realidade dizendo: Seja Bem-Vindo!

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