Ela vê aquela torre erguida ali no alto, ela é firme no topo, tremida na base, ela é observada em cada detalhe pelos seus olhos ávidos de esquecer qualquer beijo intenso.
Ele simplesmente olha aqueles ornamentos azuis, em uma textura vermelha, bastante quente. Aquela textura é textura feita por tecido cardíaco, definitivamente!
Aquele rapaz, olha cada rosto presente, eles são tão iguais e ele manifesta compaixão, por outros eles manifesta desprezo, mas são poucos, a grande parte é bem indiferente.
Ele sai daquela sala, enxerga o mundo se estender em mil anos luz, se estender em frequentes buzinas, em frequentes luzes que se esvaziam no fundo daquela noite, surpreendente, inçosa, de um pano de fundo escuro e qualquer... ordinário para ser mais preciso.
Ele coloca a mochila nas costas, protege o peito com as alças, segura-as firme, parte com seus olhos mudos, parte com o coração cheio de consistência, ele parte sempre, sempre partindo, essa é sua sina. A menina de fios claros corre atrás, mas sem conseguir alcançá-lo... se perderam na linha de partida... esperando se encontrarem numa linha de chagada... ou num ponto inóspito no meio das catástrofes hilárias que fazem da vida bem mais vivente.
domingo, 7 de março de 2010
"Da janela vê-se o Corcovado, o Redentor, que lindo!"
(Maria Rita - Corcovado)
(Maria Rita - Corcovado)
O fato é que eu ia começar esse texto de outra forma, mas isso era outro texto não esse. Esse que se desenha em curvas sinuosas e misteriosas se faz litorâneo, aquela sol incidindo na ótica da lente, fazendo aparecer circulozinhos de tamanho gradativo. Isso é Copacabana, é Corcovado... é o menino redentor, o homem que olha às vezes a cidade perdida no meio de tanto cimento.
Isso é técnica de colagem ou algo parecido, porque o mesmo texto e não outro se vê em um apartamento, pés no azulejo frio, isso me lembra um texto de um amigo no nosso último ano de colégio, mas nem lembro mais o que ele escreveu, só sei que a professora adorou aquele detalhista e eu em mim guardei isso e o expresso agora, acho que quatro anos me fez maturar aquilo dentro de mim e o tornar algo próprio sem qualquer intertextualidade.
E aquele barraquinho ali ao lado como se vê?! A tv de 14 polegadas se faz interessante, imagens turvas, mal sinal, tudo faz menos sentido no meio daquele calor que todos na comunidade agradecem todos os dias por sentir.
E o menino de braços abertos, de olhos fechados e sorriso arreganhado vibra pelo que sobrou do céu.
Assinar:
Postagens (Atom)