Why to Choose RedHood?

sábado, 27 de novembro de 2010

A cidade onde os carros falavam(...)




Bernardo, descobriu dia desses, que era um menino extremamente sensível, um menino de coração tão exposto que não valia à pena cobrí-lo.
Andou por calçadões pensando na utopia do mundo, mas Bernardo era tão mínimo para pensar em tudo aquilo. E mesmo com essa condição ele ia lá e pensava sempre mais do que todos os outros, porque Bernardo sabia que pensar não pesava, a falta de tal ato é que doía.
Bernando era tão absurdamente sensível que até aquele estranho, que emoção algum esboçara, lhe fez sentir pena, ele parecia tão sozinho, ali, naquela parada de condução.
Mas Bernardo pensava em tudo, não especificamente no amor. Porém tudo é amor, todos vivemos nele de alguma forma. A dor é que não era boa, o peito nunca é lugar agradável para algo do tipo.
O menino moreno de cabelos em curtos cachos sabia que não estava sozinho, ele tinha tantos amigos que o suportariam se um daqueles pilares pensados quebrasse. Mas mesmo assim Bernardo seguia inseguro e afetado pelo inconstante funcionamento dos carros.
Na cidade de carros falantes e pessoas caladas Bernardo andou até se perder em pensamentos que o afogavam numa triste comédia humana.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"The scars of your love remind me of us
They keep me thinking that we almost had it all
The scars of your love they leave me breathless
I can’t help feeling
We could have had it all
Rolling in the deep
You had my heart and soul
And you played it
To the beat"

Saudade é um sentimento que não tem nome, é algo tão mais profundo, mais sangrento que a carne que nos constitui. Ela consegue ser o misto de corpo e alma, o misto entre o "eu" e o "você". Na verdade ela é o que nós somos, quando somos apenas um só. É quando fechamos portas atrás de nós mesmos e seguimos numa rua de clima frio e meu fios de cabelo percorrem o ar de uma forma tão comum - uma fotografia em preto & branco peça chave de uma ensaio de extremo conceito.
O sangue que escorre em meu corpo é o mais vermelho que pode jorrar do meus mais puro e íntimo ego. O ritmo de tudo se liga nas batidas do meu peito e nas notas perfeitas que saem da minha boca. Chegar até aqui e contar tudo que vivi seria maravilhoso, uma pena que não exista ninguém numa cadeira com uma xícara de café perguntando como foi o meu dia.
Descanso meus pés no meu tapete desgastado, a calça eu faço questão de não tirar, a blusa já despida, o suspiro incômodo de cansaço, o sorriso inexistente de alguém incomodado. Não se sentir bem em sua própria pele é coisa dos inquietos - sim e eu sou um perdido no milhares de tantos, formando um mosaico abstrato, pintado e pensado em milimétricos desenhos de azulejo quebrado.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Even brighter than the moon(...)

O menino sabia que estava muito perto, muito perto de alcançar vários objetivos. Objetivos que eles nem sequer almejava, mas sabia que eram necessários. Objetivos como os que estavam inerentes à liberdade do seu próprio ser. E com aquilo deixaria formas e adjetivos para tras, olhos caídos e tristes, pescoço esguio e frágil, coração trêmulo e inseguro. Sairia da sensação de estar numa bolha de plástico, onde tentava se sustentar em pé, mas sempre caia. Ele agora iria pisar em chão firme, em chão de verdade, não naquela imensidão de água que ele era rodeado na época de bolha.
O fato de pisar em terra, de sentir algo menos fluido, foi de longe uma das melhores sensações do moço sorridente que ele se descobriu, e pra fechar o início de uma linda história ele disse: Vamos embora coração, agora é hora de viver!

A partir dali eu nem soube mais sobre aquele garoto, mas me disseram dia desses que ele estava vivendo em uma casinha de nuvens, muito mas muito feliz, um sorridente como ele desde então ousou ser.
:)

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