Júlia, desde sempre, dava soluções às coisas (_problemas_) que eram recebidos aos risos pela mãe, ela sentia-se uma tola, logo ela, Dona de si e do mundo que habitava_e do mundo ela sabia e dos problemas também_.
Indignava-se por que a mãe a achava tola, mas ela não o era. Ela era uma égua selvagem que corria pela relva, entre espinhos que a cortavam sem dor.
O jardim era regado por sua mãe, função que Júlia a ordenara, silenciosamente. A genitora cumpria sua ordem, prazerosamente.
As borboletas eram suas conselheiras reais, conselhos que se perdiam entre silêncios que só se compreendiam através do bater desarmônico de asas, um bater lento e um pairar efêmero e desesperado.
Júlia, piscou os olhos, e voltou daquele pensamento que lhe dava sono. Voltou a reinar na solidão.
Levantou do jardim para dentro da casa, a panela no fogo nem foi percebida mas era constado.
Júlia seguiu dando ordens silenciosas à sua mãe, escutando os conselhos das borboletas, não vendo panelas, numa vida de rainha tola.
domingo, 8 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário